quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Um aprendiz do ofício que se ensina na Imperatriz!

Retomando as linhas esquecidas neste espaço, coloco em dia a realidade do trabalho de agora. As últimas postagens - desatualizadas há algum tempo - referem-se ao período em que atuei diariamente na equipe responsável por desenvolver os projetos artísticos dos carnavais do GRES Acadêmicos do Grande Rio. De lá pra cá muita coisa mudou e há dois anos meu expediente de trabalho se dá no barracão de uma escola que pelo requinte e inteligência de sua plástica mais permanente, há alguns anos - ou melhor, há muitos anos - povoavam meu universo criativo.


Aqueles - como este que escreve - que passaram os anos noventa acompanhando as propostas estéticas do carnaval carioca, de forma inevitável tiveram sua mentalidade criativa moldada pelo trabalho magistral da carnavalesca Rosa Magalhães. Referência para muitos - ou quase todos - que a partir dos anos 2000 fizeram do desenvolvimento plástico e intelectual de uma ideia, matéria prima para seu ofício diário.


Em todos os profissionais que desenvolvem - seja de maneira plástica ou teórica - o carnaval que se faz hoje, há uma semente, que planta em cada envolvido, um modo de fazer, tal qual, o da "professora."

Me formei na Escola de Artes onde ela foi mestra, e trabalhar no departamento criativo da Escola de Samba onde por consecutivos anos sua atuação foi referência, me enchem de entusiasmo e alegria. Mestra das águas onde ponho meu barco de trabalho,ela, mais do que qualquer outro carnavalesco ou carnavalesca, plantou por onde passou - e ela passou por onde estou agora - o entendimento de profissão enquanto ofício. 


Trabalhar na Imperatriz Leopoldinense há dois carnavais, tem sido a maior alegria do ofício que exerço. Um prazer que só os que admiram "o fazer carnaval" enquanto "ofício" podem entender. Ofício que é trabalho para todo dia, repetido sistematicamente para firmar-se enquanto aprendizado, feito por poucos, para que não emerja o ócio, sem o "luxo" que inverte valores, e cujo o valor, não é medido por salários, mas pela qualidade daquilo que é feito.

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